Don Closson
Os Pais da Igreja Primitiva
Alguns cristãos ficam inquietos
com o fato de que em parte alguma Deus lista os sessenta e seis livros que
devem ser incluídos na Bíblia. Muitos crentes têm no máximo uma noção vaga de
como a igreja chegou ao que chamamos de Cânon da Escritura. Mesmo após
aprenderem mais, alguns crentes ficam desconfortados com o processo pelo qual o
Cânon do Novo Testamento foi estabelecido. Para muitos, foi o que parece ser um
processo casual que levou muito tempo.
Além disso, quer falando com uma Testemunha
de Jeová, um teólogo liberal, ou um new
ager,* os cristãos são mais propensos a correr para questões a respeito da
extensão, suficiência e exatidão da Bíblia como a Palavra de Deus.
Neste ensaio, portanto, consideraremos
o desenvolvimento da doutrina das Escrituras na Era da Igreja. Como a igreja
decidiu quanto os livros para inclusão no Novo Testamento? Esta discussão
incluirá tanto como o Cânon foi estabelecido quanto as diversas formas como os
teólogos têm visto a Bíblia desde que o Cânon foi estabelecido.
O período imediatamente seguinte à
morte dos Apóstolos é conhecido como período dos Pais da Igreja. Muitos destes
homens andaram com os Apóstolos e foram ensinados diretamente por eles.
Policarpo e Pápias, por exemplo, são considerados discípulos do Apóstolo João. A
autoridade doutrinária durante este período se apoiava em duas fontes, o Antigo
Testamento (AT) e a noção de sucessão apostólica, podendo-se traçar uma
associação direta a um dos Apóstolos, e assim a Cristo. Embora o Cânon do Novo
Testamento (NT) estivesse escrito, não era visto como um corpo separado de
livros equivalente ao AT. Seis líderes eclesiásticos são comumente referidos:
Barnabé, Hermas, Clemente de Roma, Policarpo, Pápias e Inácio (Berkhof, The History of Christian Doctrines, 37).
Embora estes homens carecessem da sofisticação técnica dos teólogos de hoje,
sua correspondência confirma os ensinos dos Apóstolos e fornece um elo
doutrinário com o próprio Cânon do NT. O Cristianismo era até então um
movimento relativamente pequeno. Esses Pais da Igreja, geralmente anciãos e
bispos da Igreja primitiva, foram ocupados pelos aspectos práticos da vida
cristã entre os novos convertidos. Portanto, quando as Testemunhas de Jeová
argumentam que a igreja primitiva não tinha uma teologia técnica a respeito da
Trindade, elas estão basicamente corretas. Não havia nem tempo nem necessidade
de enfocar o assunto. Por outro lado, esses homens criam claramente que Jesus
era Deus assim como era o Espírito Santo, mas eles ainda tinham de esclarecer
por escrito os problemas que poderiam ocorrer quando tentavam explicar esta
verdade.
Os Pais da Igreja primitiva não
tinham dúvidas sobre a autoridade do AT, muitas vezes prefaciando suas citações
com: “Pois assim diz Deus”, e outras observações. Em conseqüência, eles tendiam
a ser mais moralistas e até mesmo legalistas sobre alguns assuntos. Porque o
Cânon do NT ainda não estava estabelecido, eles respeitavam e citavam obras que
em geral desapareceram da tradição cristã. Os livros de Hermas, Barnabé,
Didaquê, e 1 e 2 Clemente foram todos altamente considerados (Hannah, Lecture Notes for the History of Doctrine, 2.2).
Como escreve Berkhof a respeito destes líderes da Igreja primitiva, “para eles
o Cristianismo não era antes de tudo um conhecimento a ser adquirido, mas o
princípio de uma nova obediência a Deus” (Berkhof, History of the Christian Church, 39).
Embora estes Pais da Igreja
primitiva possam parecer um tanto mal preparados para transmitir todas as
implicações sutis da fé cristã às gerações vindouras, eles formam um elo
doutrinário com os Apóstolos (e, assim, com nosso Senhor Jesus Cristo), bem
como um testemunho do crescente compromisso com o Cânon da Escritura que se
tornaria o NT. Como disse Clemente de Roma no primeiro século: “Examinai
atentamente as Escrituras, que são as verdadeiras expressões do Espírito Santo”
(Geisler, Decide For Yourself, 11).
Os Apologetas
Após os Pais da Igreja primitiva
vem a era dos Apologetas e dos Teólogos, grosso
modo incluindo os séculos dois, três e quatro. É durante este período que a
Igreja dá os passos iniciais no sentido de estabelecer uma “regra de fé”, ou
Cânon.
Durante este período, tanto forças
internas como externas levaram a igreja a começar a sistematizar tanto suas
doutrinas como sua visão a respeito da revelação. Muito da sistematização
surgiu como uma defesa contra as heresias que desafiavam a fé dos Apóstolos. O
ebionismo humanizava Jesus e rejeitava os escritos de Paulo, resultando em uma
fé mais judaica do que cristã. O gnosticismo tentava combinar teosofia
oriental, filosofia helenística e Cristianismo numa nova religião que via a
criação física como má e Cristo como um ser celestial com conhecimento secreto
para nos ensinar. Frequentemente retratava o Deus do AT como inferior ao Deus
do NT. Márcion e seu movimento também separavam o Deus do Antigo e do Novo
Testamento, aceitando Paulo e Lucas como os únicos escritores que realmente
compreenderam o Evangelho de Cristo (Berkhof, History of the Christian Doctrine, 54). Montano, respondendo aos
gnósticos, acabou alegando que ele e duas mulheres eram novos profetas,
oferecendo a mais elevada e mais exata revelação de Deus. Embora fossem
basicamente ortodoxos, eles exaltavam o martírio e um ascetismo legalista que
levou à sua rejeição pela Igreja.
Embora o termo cânon só fosse usado em referência aos
textos do NT no século quarto por Atanásio, houve tentativas anteriores de alistar
os livros aceitáveis. O Cânon Muratoriano alistava todos os livros da Bíblia,
exceto 1 João, 1 e 2 Pedro, Hebreus e Tiago por volta de 180 a .D. (Hannah, Notas,
2.5). Ireneu, como bispo de Lyon, menciona todos os livros, exceto Judas, 2
Pedro, Tiago, Filemôm, 2 e 3 João, e Apocalipse. A Versão Siríaca do Cânon, do
terceiro século, exclui Revelação.
Deve-se notar que, embora estes
líderes da Igreja primitiva diferissem sobre quais livros deveriam ser
incluídos no Cânon, eles estavam bem seguros de que os livros foram inspirados
por Deus. Ireneu, em sua obra Contra as Heresias, argumenta que “as Escrituras
são de fato perfeitas, visto que foram faladas pela Palavra de Deus [Cristo] e
Seu Espírito” (Geisler, Decide For
Yourself, 12). Por volta do século quarto, muitos livros anteriormente
tidos em alta consideração começaram a desparecer de uso e os escritos
apócrifos foram vistos como menos do que inspirados.
Foi durante o século quarto que
tentativas concentradas foram feitas tanto no Oriente como no Ocidente para
estabelecer a coleção autoritativa do Cânon. Em 365, Atanásio de Alexandria
alistou os vinte e sete livros completos do Novo Testamento, que ele
considerava como a “única fonte de salvação e do ensino autêntico da religião
do Evangelho” (Hannah, Notes, 2.6).
Enquanto Atanásio se distingue na Igreja Oriental, Jerônimo é sua contraparte
no Ocidente. Jerônimo escreveu uma carta a Paulino, bispo de Nola em 394,
alistando apenas 39 livros do AT e nossos atuais 27 do NT. Foi em 382 que o
bispo Dâmaso fez Jerônimo trabalhar em um texto latino para padronizar a
Escritura. A Vulgata que resultou foi usada em todo o mundo cristão. Os sínodos
de Cartago em 397 e 418 confirmaram nossos atuais vinte e sete livros do NT.
Os critérios usados para
determinar a canonicidade dos livros incluíam o testemunho interno do Espírito
Santo em geral, e especificamente a origem ou sanção apostólica, o uso pela
Igreja, o conteúdo intrínseco, o efeito moral e espiritual, e a atitude da
igreja primitiva.
A Igreja Medieval e Reformada
No século quarto, Agostinho
declarou sua crença na inspiração verbal e plenária do texto do NT, assim como
o fez Justino Mártir no segundo. Isto queria dizer que cada parte da Escritura,
até as palavras individuais, foi escolhida por Deus para que fosse escrita
pelos escritores humanos. Mas, mesmo assim, a questão do que deveria ser
incluído no Cânon não estava inteiramente resolvida. Agostinho incluía o Livro
de Sabedoria como parte do Cânon, e defendia que a Septuaginta ou texto grego
do AT era inspirado, não o original hebraico. Os Pais da Igreja estavam certos
de que as Escrituras eram inspiradas, mas ainda não estavam de acordo quanto a
quais textos deveriam ser incluídos.
Até os séculos sétimo e oitavo,
havia líderes eclesiásticos que acrescentavam ou subtraíam da lista de textos.
Gregório, o Grande, acrescentou Tobias e Sabedoria, e mencionou 15 epístolas
paulinas, e não 14. João de Damasco, o primeiro teólogo cristão que tentou
elaborar uma teologia sistemática completa, rejeitava os apócrifos do AT, mas
acrescentava a Constituição Apostólica e 1 e 2 Clemente ao NT. Certo
historiador nota que “as coisas não haviam avançado no final do século quatorze
além de como estavam no final do quarto” (Hannah, Notes, 3.3.). Este mesmo historiador observa que, apesar de que
ficaríamos horrorizados com tal situação hoje, o Catolicismo da época se
apoiava muito mais na autoridade eclesiástica e na tradição do que em um Cânon
autoritativo. Assim, o Catolicismo romano não achava que a questão fosse
crítica.
O problema da autoridade canônica
finalmente é tratado dentro da batalha maior entre o Catolicismo Romano e a
Reforma Protestante. Em 1545, o Concílio de Trento fora convocado pela Igreja
Católica como uma resposta à heresia protestante. Como de costume, a posição
católica se apoiava na autoridade da própria hierarquia eclesiástica. Ela
propôs que todos os livros presentes na Vulgata de Jerônimo eram de igual valor
canônico (ainda que o próprio Jerônimo separasse os Apócrifos do restante) e
que a Vulgata se tornaria o texto oficial da Igreja. O concílio então
estabeleceu as Escrituras como equivalentes à autoridade da tradição.
Os reformadores também foram
forçados a enfrentar a questão do Cânon. Ao invés da autoridade da Igreja,
Lutero e os reformadores enfocaram o testemunho interno do Espírito Santo.
Lutero estava incomodado com quatro livros: Judas, Tiago, Hebreus e Apocalipse,
e embora os colocasse em uma posição secundária em relação ao restante, não os
excluiu. João Calvino também argumentou em favor do testemunho do Espírito
(Hannah, Notes, 3.7). Em outras
palavras, é o próprio Deus, por meio do Espírito Santo, quem assegura a
transmissão do texto através dos tempos, não os esforços humanos da Igreja
Católica ou de qualquer outro grupo. Calvino apoia a autoridade da Escritura no
testemunho do Espírito e da consciência dos fiéis. Ele escreveu em suas Institutas:
Portanto,
seja tido por estabelecido que aqueles que são interiormente ensinados pelo
Espírito Santo concordam implicitamente com a Escritura; que a Escritura,
trazendo sua própria evidência juntamente consigo, não se digna a submeter-se a
provas e argumentos, mas deve a plena convicção com que devemos recebê-la ao
testemunho do Espírito. Iluminados por ele, não cremos mais, nem pelo nosso
próprio juízo ou de outros, que as Escrituras são de Deus; mas, de um modo
superior ao juízo humano, sentimo-nos perfeitamente seguros, tanto como se
contemplássemos a imagem divina visivelmente impressa nela, de que ela veio a
nós, pela instrumentalidade de homens, da própria boca de Deus.
Ele prossegue dizendo: “Não
buscamos provas ou probabilidades sobre as quais apoiar o nosso juízo, mas
sujeitamos o nosso intelecto e juízo a ela como transcendente demais para avaliarmos”.
Visões Modernas
Embora a igreja primitiva, até a
Reforma, ainda não estivesse unida quanto a quais livros pertenciam ao Cânon,
eles estavam certos de que os livros foram inspirados por Deus e continham a
mensagem do Evangelho que Ele desejara comunicar a um mundo corrompido. Após a
Reforma, havia ampla concordância sobre os livros do Cânon, mas agora a questão
era: Será que foram inspirados? Foram soprados por Deus, como Paulo declarou em
2 Timóteo 3:16?
O que levou a esta nova
controvérsia? Uma grande mudança começou a acontecer na maneira como os
estudiosos pensavam a respeito da natureza do universo, em Deus, e na relação
do homem com ambos. O pensamento no mundo pós-Reforma começou a mudar de uma
visão de mundo teísta e cristã para uma visão panteísta, ou naturalista. Na
medida em que homens como Galileu e Francis Bacon começaram a lançar os
fundamentos da ciência moderna, seu sucesso levou outros a aplicarem sua
metodologia empírica para responder a questões filosóficas e teológicas.
René Descartes (1596-1650), embora
crente, começou sua busca pelo conhecimento a partir de uma posição de dúvida,
assumindo apenas que ele existe porque é capaz de fazer essa pergunta. Embora
acabe afirmando Deus, ele só pode fazer isto assumindo a existência de Deus,
não por meio de uma descoberta racional (Hannah, Notes, 4.2). Outros que se sucederam desenvolveram seu sistema e
chegaram a diferentes conclusões. Spinoza (1633-77) chegou ao panteísmo – a
crença de que tudo é deus – e Liebnitz (1646-1716) concluiu que é impossível
alcançar conhecimento religioso a partir de um estudo da história.
Thomas Hobbes (1588-1679) deu
outro passo no sentido contrário à noção de verdade revelada. Ele tentou
construir uma filosofia usando apenas a razão e a percepção dos sentidos;
rejeitou a idéia de que Deus poderia ter impresso na mente humana o
conhecimento de Si mesmo. Outro grande passo foi dado por Immanuel Kant (1724-1804).
Tentando proteger o pensamento cristão dos ataques da ciência e da razão, ele
separou o conhecimento de Deus, ou espírito, do conhecimento do mundo
fenomenal. O primeiro era incognoscível, o segundo, cognoscível. O Cristianismo
foi reduzido a um conjunto de práticas morais, cuja fonte era incognoscível para
a humanidade.
O século 19 trouxe consigo o fruto
da separação feita por Kant entre a verdade e a teologia. Os teólogos alemães
desenvolveram o fundamento de Kant, resultando em que o homem tornou-se a fonte
do significado e Deus passou para a obscuridade. Frederick Schleiermacher
(1768-1834) substituiu a revelação pelo sentimento religioso, e a salvação pela
graça pela auto-análise. As Escrituras têm autoridade sobre nós apenas se temos
um sentimento religioso sobre elas primeiro. A fé que leva a este sentimento
religioso pode vir de uma fonte completamente independente das Escrituras.
David Strauss (1808-74) rompeu
completamente com a antiga e elevada visão da Escritura. Ele afirma uma visão
de mundo naturalista, negando a realidade de uma dimensão sobrenatural. Em seu
livro, Leben Jesu (“A Vida de
Jesus”), ele nega completamente todos os eventos sobrenaturais tradicionalmente
associados a Jesus e Seus apóstolos, e chama a Ressurreição de Cristo de “nada
mais do que um mito” (Hannah, Notes, 4.5).
Strauss prossegue alegando que, se Jesus tivesse realmente falado acerca de Si
mesmo tal como nos registros do NT, Ele devia estar fora de Si. Por fim,
Strauss argumenta que a história que temos de Cristo é uma fabricação
construída pelos discípulos, que acrescentaram à vida de Cristo o que eles
precisavam para que Ele se tornasse o Messias. A obra de Strauss seria o
fundamento de inúmeros ataques contra a exatidão e autenticidade dos escritores
do NT, e da tentativa contínua, ainda hoje, de demitologizar o texto e
encontrar o assim chamado “verdadeiro Jesus da história”.
E Agora?
Quando examinamos a história
reveladora de como o Cânon das Escrituras cristãs foi formado e então
interpretado, podemos obter uma imagem razoavelmente precisa das mudanças que
aconteceram no pensamento da civilização ocidental. Há dois mil anos, homens
andaram com Cristo e experimentaram a Sua divindade em primeira mão. Deus,
através do Espírito Santo, levou muitos desses homens a compor um relato
inspirado acerca das suas experiências que revelasse às gerações seguintes o
que Deus havia feito para salvar um mundo corrompido. Este texto, juntamente
com a noção de sucessão apostólica, foi aceito como autoritativo pela população
cristã emergente, e eventualmente viria a dominar grande parte do pensamento
ocidental. No século dezesseis, a Reforma rejeitou o papel da tradição,
principalmente da Igreja Católica Romana, quando esta havia começado a
suplantar a autoridade da Escritura. Mais tarde, o Iluminismo começou o
processo de remover a possibilidade de revelação, elevando a razão do homem e
limitando o nosso conhecimento ao que a ciência poderia alcançar. Este foi o
nascimento do Modernismo, tentando responder a todas as questões da vida sem
Deus.
As guerras e horrores do século
vinte esmagaram a confiança de muitos pensadores na capacidade humana de
implementar uma mente científica desinteressada, neutra, aos nossos problemas,
e na sua capacidade de determinar a verdade. Em consequência, muitos rejeitaram
o modernismo e a mente científica e abraçaram a posição pós-modernista, que
nega a capacidade de qualquer pessoa ser um coletor neutro da verdade, o que
poderia ser verdadeiro para todos, em toda parte. Isto nos deixou com a
experiência individual e a verdade pessoal. O que, na verdade, significa que a
verdade não existe mais. O que isto significa para o teólogo que aceitou as
conclusões do pensamento pós-moderno? Certo teólogo escreve: “No presente,
contudo, não há um acordo geral nem mesmo quanto ao que é teologia, muito menos
quanto a como resolver a tarefa da sistemática ... Estamos, em grande parte,
incertos até quanto a quais sejam as opções” (Robert H. King, Christian Theology: An Introduction to Its
Traditions and Tasks, 1-2).
Este mesmo teólogo argumenta que a
teologia cristã não pode mais se apoiar na metafísica ou na história. Em outras
palavras, nem a tentativa do homem de explicar as causas ou a natureza da
realidade, nem o registro histórico de quaisquer textos, inclusive a Bíblia,
podem nos dar um fundamento seguro para fazermos teologia. Temos a situação
notável de teólogos modernos tentando fazer teologia sem qualquer conhecimento
de Deus e de Seus tratos com a Sua criação. Não é surpreendente que os teólogos
modernos estejam vendo Hare Krishna e Zen Budismo, juntamente com outras
tradições orientais, como possibilidades para a integração com o pensamento
cristão ou ao menos com a ética cristã. Estas tradições não estão enraizadas em
eventos históricos e geralmente negam qualquer base no pensamento racional,
inclusive ao ponto de questionar a realidade do eu (King, Christian Theology, 27).
Uma vez que as pessoas se recusem
a aceitar a reivindicação de inspiração que a Bíblia faz para si mesma, elas
ficam com um conjunto de ética sem um fundamento. A história nos mostrou que
raramente leva mais de uma geração para esse tipo de religião perder sua
importância dentro de uma cultura. Como então podemos saber que o Cristianismo
é verdadeiro? William Lane Craig, em seu livro Reasonable Faith, define um ponto importante. Como crentes, sabemos
que as Escrituras são inspiradas, e que a mensagem do Evangelho é verdadeira,
pelo testemunho interno do Espírito Santo. Mostramos que ela é a verdade para
os incrédulos demonstrando que ela é sistematicamente coerente. Tornamos a
crença possível usando tanto a evidência histórica como ferramentas
filosóficas. Contudo, em última análise, é o Espírito Santo que esmorece os
corações e chama os homens e mulheres a crerem no Deus da Bíblia.
* De New Age, relativo ao movimento da Nova Era.
Fonte: Probe Ministries (www.probe.org)
Tradução: Rodrigo Reis de Faria
...Deus te abençoe Rodrigo, é o irmão Fábio de Guaratá!!!
ResponderExcluirBaruc Hashem Adonai......