Rick Wade
A Conversão e os Escritos de Justino
Em um artigo anterior, falei sobre as perseguições
que os cristãos sofreram na igreja primitiva.(1) Uma das características
surpreendentes dos cristãos perseguidos era a coragem que demonstravam a
caminho da execução. De fato, somos informados por um convertido do começo do
segundo século que esta coragem foi um dos fatores que o fez se abrir para o
evangelho. Este convertido era um filósofo chamado Justino, com o qual você poderia
estar familiarizado como Justino Mártir. Justino foi um dos primeiros
apologistas, ou defensores, da igreja. O historiador da igreja Robert Grant diz
que Justino foi “o apologista mais importante do segundo século”.(2) Enquanto
consideramos a obra de Justino, veremos algumas semelhanças nas acusações
feitas contra os cristãos de seu tempo e contra os de nosso tempo. Talvez você
possa aprender alguma coisa com este cristão do segundo século.
A Vida de Justino
Acredita-se que Justino nasceu pouco depois de 100
a.D. O lugar do seu nascimento era Flavia Neapolis, na Síria-Palestina, ou
Samaria.(3) A educação de Justino na infância incluiu a retórica, poesia e
história. Quando jovem, ele adquiriu especial interesse em filosofia, e estudou
principalmente o estoicismo e o platonismo.(4) Justino buscava a Deus, que “é o
alvo da filosofia de Platão”, dizia ele.(5)
Justino foi apresentado à fé diretamente por um
ancião que o envolveu em uma discussão sobre questões filosóficas e então lhe
falou a respeito de Jesus. Ele levou Justino aos profetas hebreus, os quais eram
anteriores aos filósofos, dizia ele, e falaram “como testemunhas confiáveis da
verdade”.(6) Eles profetizaram a vinda de Cristo, e suas profecias foram
cumpridas em Jesus. Justino dizia que, então, “meu espírito imediatamente se
incendiou, e uma afeição pelos profetas, e por aqueles que foram amigos de
Cristo, tomou conta de mim; enquanto ponderava em suas palavras, descobri que a
sua filosofia era a única certa e útil ... é o meu desejo que todos tivessem os
mesmos sentimentos que eu, e nunca desprezassem as palavras do Salvador”.(7)
Justino procurou cristãos que lhe ensinaram a história e a doutrina cristã, e
então “devotou-se totalmente à difusão e vindicação da religião cristã”.(8)
Justino continuou a vestir a capa que o
identificava como filósofo, e ensinava a estudantes em Éfeso e mais tarde em
Roma. James Kiefer nota que “ele se envolvia em debates e disputas com
não-cristãos de todas as variedades, pagãos, judeus e hereges”.(9)
A convicção de Justino sobre a verdade de Cristo
era tão completa que ele morreu como mártir em algum momento por volta de 165
a.D. Eusébio, o antigo historiador da igreja, disse que ele foi denunciado pelo
cínico Crescente, com o qual se envolvera em debate pouco antes de sua
morte.(10) Justino foi decapitado juntamente com seis de seus alunos.
O historiador Philip Schaff resume o caráter e
ministério de Justino da seguinte maneira:
Ele havia alcançado considerável
cultura clássica e filosófica antes de sua conversão, e então a tornou
subserviente à defesa da fé. Ele não era um homem de gênio e acurada erudição,
mas de respeitável talento, extensa leitura, e larga memória ... Ele tinha a
coragem de um confessor em vida e a de um mártir na morte. É impossível não
admirar sua destemida devoção à causa da verdade e à defesa de seus irmãos
perseguidos.(11)
Os Escritos de
Justino
O entendimento de Justino sobre o Cristianismo era
filtrado pela filosofia que ele havia aprendido. O platonismo do tempo de
Justino tinha uma forte inclinação teísta, e seu elevado tom moral parecia
estar de acordo com o Cristianismo. Justino (e outros) conectavam o Logos da
filosofia com o Logos de João, capítulo 1. O historiador Philip Schaff descreve
o pensamento da seguinte maneira:
O Logos é a Razão pré-existente,
absoluta, pessoal, e Cristo é a sua personificação, o Logos encarnado. Tudo o
que é racional é cristão, e tudo o que é cristão é racional. O Logos dotou
todos os homens de razão e liberdade, as quais não se perderam com a queda. Ele
espalhou sementes de verdade antes de sua encarnação, não apenas entre os
judeus, mas também entre os gregos e bárbaros, especialmente entre os filósofos
e poetas, que são os profetas dos pagãos. Aqueles que viveram de modo racional
e virtuoso em obediência a esta luz preparatória foram cristãos de fato, embora
não de nome; enquanto aqueles que viveram de modo irracional estavam sem Cristo
e foram inimigos de Cristo. Sócrates foi cristão assim como Abraão, embora não
soubesse disto.(13)
Além desta fonte de verdade, Justino (e outros)
acreditava que os ensinos de Moisés foram transmitidos através dos egípcios aos
gregos.(14) Deus não era simplesmente conhecido através do raciocínio abstrato;
Ele mesmo Se revelou pessoalmente quando falou aos profetas que, por sua vez, O
revelaram a nós.(15)
Se a idéia de Justino sobre Cristo e o Logos parece
estranha, devemos ter em mente que nós, também, tipicamente entendemos o
Cristianismo através das categorias dos filósofos de nosso tempo. Não somos
leitores completamente neutros da Escritura.
Por exemplo, em tempos modernos a ciência tem sido
considerada a fonte suprema da verdade. Isto alimentou o desenvolvimento da
apologética evidencial. Este é um método que enfatiza os fatos históricos e
naturais como evidências em favor da fé. Mas os estudiosos passaram a entender
que fatos não são as “verdades” completamente livres de valores que o
modernismo ensina. Outros cristãos que objetam ao que consideram uma abordagem
excessivamente racionalista têm derivado [argumentos] de filósofos
existencialistas que estão mais preocupados com a condição humana. Em outras
áreas, também, revelamos as idéias do modernismo em nossa vida cristã. Quantos
livros de “como fazer” estão nas prateleiras de livrarias cristãs? Há uma
tendência em se tomar uma atitude de “faça isto e tal e tal acontecerá” sobre o
nosso desenvolvimento pessoal e espiritual. A técnica apropriada é uma noção
muito modernista.
Assim, não devemos ser muito duros com Justino
Mártir. Ele foi um homem de seu tempo que fez o melhor para explicar e defender
as crenças cristãs usando a estrutura de pensamento com que estava
familiarizado. Fazendo isto, ele foi uma força importante no desenvolvimento da
teologia e apologética cristã da igreja primitiva.**
A Apologética de Justino
Cristãos Tratados
Injustamente
Em suas duas Apologias, o objetivo primário de
Justino era mais defender os cristãos do
que o Cristianismo em si.(16) Os
cristãos eram tratados injustamente; a ambição de Justino era obter tratamento
justo para eles. A perseguição havia avançado a ponto de os cristãos serem
merecedores de juízo simplesmente por trazerem o nome de cristãos. Seus estranhos hábitos de culto, sua recusa em participar
dos cultos cívicos e do culto ao imperador, e suas crenças estranhas eram
suficientes para criar um preconceito geral contra eles. Assim foi que, sob
alguns imperadores e governadores locais, os cristãos podiam ser levados a
julgamento simplesmente por trazerem o nome.
Cristãos e Ateísmo
Parte do problema era uma deturpação das crenças
cristãs. Como os cristãos não cultuavam os deuses gregos e romanos, eles eram
chamados de ateístas. Justino questionava como eles poderiam ser ateus se
adoravam “ao Deus Mais Verdadeiro”. Os cristãos adoram ao Pai, ao Filho e ao
Espírito Profético, dizia ele, e “prestam homenagem a eles na razão e na
verdade”. Justino também assinalava a inconsistência dos governantes romanos.
Alguns dos seus próprios filósofos ensinavam que não havia nenhum deus, mas
eles não eram perseguidos simplesmente por trazerem o nome de filósofos. Pior ainda, alguns poetas
denunciavam Júpiter, mas eram honrados por líderes do governo.(17)
Cristãos e Cidadania
Outra acusação contra os cristãos era de que eles
eram inimigos do Estado. Sua falta de participação nos rituais religiosos
pagãos, os quais faziam parte da vida pública cotidiana durante aqueles tempos,
e a sua conversa sobre pertencer a outro reino levavam a acusações de que eles
não eram bons cidadãos. Justino respondia que eles não estavam esperando um
reino terreno, um que ameaçasse Roma. Se estivessem, eles não iriam para a
morte tão tranqüilamente, mas fugiriam e se esconderiam até que o reino viesse
sobre a terra. Além disso, ele insistia que “nós, mais do que todos os demais
homens, na verdade somos os vossos auxiliares e aliados no fomento da paz”,
porque os cristãos sabiam que um dia se encontrariam com Deus e prestariam
contas de suas vidas.(18) “Somente a Deus adoramos”, dizia ele, “mas em outras
coisas alegremente vos obedecemos, reconhecendo-vos como reis e governantes dos
homens”.(19) Como um exemplo específico de que eram bons cidadãos, Justino
citou que os cristãos são fiéis em pagar as taxas, porque Jesus disse que eles
deveriam fazê-lo (Mateus 22:20-21). O argumento geral de Justino era de que,
vivendo vidas virtuosas – algo que era altamente considerado na filosofia grega
– os cristãos eram, por convicção, bons cidadãos.
A Situação Hoje
Será que este tipo de situação lhe é familiar?
Hoje, trazer o nome de fundamentalista ou
ser associado a um cristão famoso como Jerry Falwell ou Pat Robertson é
suficiente para ser condenado como malvado, fanático, tacanho e certamente
prejudicial para a sociedade.(20) Se nós cristãos apenas mantivéssemos nossa
religião privada enquanto estamos em público, concordando com os sentimentos da
sociedade secular, seríamos aceitáveis. A isto devemos responder como Justino,
não ficando vermelhos de raiva e descendo ao nível de xingamentos, mas
apresentando aquilo em que realmente cremos e mostrando que nós – e o próprio
Cristianismo – na verdade não são prejudiciais para uma sociedade bem ordenada,
mas, pelo contrário, são bons para ela. Poderíamos ir mais além e mostrar como
a moralidade de nosso tempo é prejudicial para a sociedade. Isto poderia ser
persuasivo para alguns, mas certamente não para todos – talvez nem para a
maioria. Mas, esclarecendo aquilo em que cremos e por que cremos, estaremos
fortalecendo a igreja, e isto é importante se, conforme penso, os fiéis são mais
enfraquecidos pelo xingamento e ostracismo do que pelos ataques à doutrina.
Cristianismo como
Moral
Além de serem chamados de inimigos do Estado e de ateístas,
os cristãos da igreja primitiva eram acusados de se envolverem em grosseira
imoralidade. Por exemplo, diziam que eles se envolviam em orgias e em
canibalismo nos seus serviços de culto. Em suas apologias, Justino defendeu os
cristãos como sendo, pelo contrário, pessoas de elevado caráter moral.
Por exemplo, dizia Justino, os cristãos
demonstravam sua honestidade não mentindo quando trazidos a julgamento. Como
eram pessoas de veracidade, eles confessavam sua fé até a morte. Eles amavam a
verdade mais do que a própria vida. Os cristãos eram pacientes em tempos de
perseguição, e mostravam amor até para com seus inimigos.
Esta atitude de viver de acordo com a verdade era
apenas um exemplo da mudança realizada nas vidas das pessoas após a sua
conversão. Certo escritor nota que esta mudança chegou a ser conhecida como “o
canto triunfal dos apologistas”.(21) Justino dizia:
Nós, que outrora nos divertíamos
em impurezas, agora nos apegamos à pureza; nós, que nos devotávamos às artes da
magia, agora nos consagramos ao bom e incriado Deus; nós, que amávamos mais do
que tudo os meios de adquirir riquezas e posses, agora entregamos a um fundo
comunitário aquilo que possuímos, e o repartimos com todo o necessitado; nós,
que odiávamos e matávamos uns aos outros e não tínhamos compaixão dos que eram
de outra tribo por causa de seus costumes [diferentes], agora, após a vinda de
Cristo, vivemos junto com eles, e oramos pelos nossos inimigos, e tentamos
convencer aqueles que nos odeiam injustamente ...(22)
Justino também enfatizava o comportamento casto dos
cristãos, em resposta às acusações de comportamento imoral durante o culto.
Para mostrar o quanto isso estava distante da verdade, ele contou a história de
um jovem que pediu a um cirurgião que o fizesse eunuco para provar que os
cristãos não praticam a promiscuidade. O pedido foi negado, por isso o jovem
escolheu permanecer solteiro e responsável perante seus irmãos.(23)
Uma das táticas apologéticas de Justino era
contrastar aquilo de que os cristãos eram falsamente acusados de fazer, e pelo
que eram punidos, com o que os romanos faziam com impunidade. Por exemplo, os
cristãos eram acusados de matar crianças em serviços de culto e então consumi-las.
Justino contradizia que eram os adoradores de Saturno que se envolviam em
homicídio e ingestão de sangue, e outros pagãos que aspergiam o sangue de
homens e animais sobre seus ídolos. Os cristãos eram acusados de imoralidade
sexual, mas eram seus críticos, dizia Justino, que imitavam “Júpiter e os
outros deuses em sodomia e relações pecaminosas com mulheres”.(24)
Hoje em dia, dizem que os cristãos que se opõem ao
aborto odeiam as mulheres. Aqueles que acreditam que a homossexualidade está
errada são chamados de mestres do ódio. Quando tentamos apresentar o nosso
argumento assim como fez Justino, é difícil obter alguma atenção. Isto não quer
dizer que não devamos tentar esclarecer nossas crenças ou mesmo mostrar como os
críticos podem ser tão imorais quanto eles acusam os cristãos de serem.(25) O
que precisamos lembrar é que um esclarecimento dos ensinamentos cristãos não é
suficiente. Não foi no tempo de Justino. Considere os meios que ele listou
pelos quais as pessoas eram trazidas a Cristo. Ele dizia que muitos eram
“convertidos de uma vida de violência e tirania, porque eram conquistados ou
pela constância da vida de seus vizinhos, ou pela estranha paciência que
notavam em seus companheiros prejudicados, ou experimentando sua honestidade em
assuntos de negócios”.(26) O elevado caráter moral dos cristãos, ainda que
freqüentemente caluniado, é um poderoso testemunho e apologia da fé.
O Argumento de Justino em favor de Cristo
Como parte de sua defesa em favor dos cristãos
diante do Imperador e do Senado romano, Justino também argumentava que o
Cristianismo era verdadeiro. Isto era importante porque a razão e a busca da
verdade eram altamente valorizadas pela intelligentsia
romana. Como uma das acusações contra os cristãos era de que eles tinham
crenças supersticiosas, devia ser demonstrado que suas crenças eram racionais.
Consideremos o argumento central de Justino em favor da veracidade do
Cristianismo, a saber, de que a vinda de Cristo – o Logos de Deus – fora
predita através do Espírito Profético, milhares de anos antes.
O Logos Eterno
Anteriormente falei sobre como Cristo era
identificado com o Logos – o locus da
razão no universo – de que os filósofos falavam. Falar sobre Ele nestes termos
ajudaria a obter a atenção das classes cultas de seu tempo. Como notou certo
historiador, “Onde [o Logos] era mencionado, o interesse de todos era
imediatamente garantido”.(27) Era importante demonstrar a racionalidade da fé,
e o Logos era o locus da razão nas
principais escolas da filosofia grega. Para citar novamente Philip Schaff, “o
Cristianismo é a mais elevada razão” para Justino. “O Logos é a Razão
pré-existente, absoluta, pessoal, e Cristo é a sua personificação, o Logos
encarnado. Tudo o que é racional é cristão, e tudo o que é cristão é
racional”.(28) Além de assegurar a racionalidade do Cristianismo, identificar
Jesus com o Logos indicava a Sua antiguidade, o que era importante para a mente
grega ao estabelecer a veracidade de uma crença. Devo notar aqui que esta
ênfase na razão não deve nos levar a pensar que a fé não significasse nada para
Justino. Repetidamente ele se refere à fé em suas apologias. Ele fala de termos
sido curados “pela fé através do sangue e da morte de Cristo”.(29) Ele até se
refere a Abraão que “foi justificado e abençoado por Deus por causa da sua fé
nEle”.(30) Porém, mesmo aqui a questão do conhecimento é central, pois Justino
colocava mais peso em crer nos ensinos de Cristo do que em crer no próprio
Cristo.
Profecias Cumpridas
Mas por que esta afirmação sobre Jesus deve ser
crida? A razão era porque Ele era o cumprimento das profecias feitas milhares
de anos antes – o que provava que Ele não era apenas um homem que podia fazer
magia, mas o prometido Filho de Deus. “Nós somos testemunhas reais dos eventos
que aconteceram e estão acontecendo do mesmo modo em que foram preditos”, dizia
ele.(31) Justino resumiu as profecias do Antigo Testamento a respeito de Cristo
da seguinte maneira:
Nos livros dos Profetas, de fato,
encontramos Jesus, o nosso Cristo, predito como vindo a nós nascendo de uma virgem,
alcançando a maturidade, curando toda doença e dor, ressuscitando os mortos,
sendo odiado, não reconhecido, e crucificado, morrendo, ressuscitando dos
mortos, ascendendo ao Céu, e sendo chamado e realmente sendo o Filho de Deus. E
que Ele enviaria certas pessoas a toda nação para que fizessem conhecer estas
coisas, e que antes os gentios [do que os judeus] creriam nEle. Ele foi
predito, na verdade, antes que realmente aparecesse, primeiro cinco mil anos
antes, depois quatro mil, depois três mil, depois dois mil, depois mil e
finalmente oitocentos. Pois, nas sucessivas gerações, novos profetas se
levantaram vez após outra.(32)
Não somente o cumprimento da profecia era notável
em si mesmo, mas também era significativo que tais profecias tivessem sido
feitas muito tempo antes dos filósofos gregos, pois, diferente de hoje, a
antiguidade era importante para a mente grega ao estabelecer a veracidade de
uma crença.
Conclusão
Apesar de todas as fraquezas em sua teologia e
apologética, Justino Mártir fornece um exemplo daqueles que levaram a sua fé muito
a sério na igreja primitiva, e que buscaram ser porta-vozes do Senhor e
defensores de Seu povo. Schaff diz que “[os escritos de Justino] atestam sua
honestidade e seriedade, seu amor entusiástico pelo Cristianismo, e seu
destemor em sua defesa contra todos os assaltos de fora e perversões de
dentro”.(33) Embora possa nos parecer que, para Justino, o Cristianismo na
verdade era apenas filosofia, o historiador Jaroslav Pelikan nota que a fé de
Justino era alimentada mais pelo que a igreja confessava a respeito de Cristo
do que pela sua própria especulação filosófica. “Ele estava, apesar disso,
pronto a entregar sua vida por Cristo; e seu martírio fala mais alto, inclusive
doutrinariamente, do que a sua apologética”.(34)
Referências
1. Rick Wade, Perseguição na Igreja Primitiva,
Probe Ministries, Sept. 1999.
2. Robert M. Grant, Greek Apologists of the
Second Century (Philadelphia: Westminster Press, 1988), 50.
3. Justino
Mártir, Primeira Apologia, em Writings of Saint Justin Martyr, trans. Thomas B. Falls, The Fathers of
the Church (New York: Christian Heritage, Inc.: 1948), 33.
4. James E. Kiefer, "Justin Martyr,
Philosopher, Apologist, and Martyr,"justus.anglican.org/resources/bio/175.html.
5. Justino
Mártir, Diálogo com Trifão, em Writings of Saint Justin Martyr, trans. Thomas B. Falls, The Fathers of
the Church (New York: Christian Heritage, Inc.: 1948), 151.
8. Philip Schaff, Ante-Nicene Christianity: A.D.
100-325, vol. II in History of the Christian Church (Grand Rapids:
Eerdmans, 1910), 714.
10. The Catholic Encyclopedia, s.v. "St.
Justin Martyr."www.newadvent.org/cathen/08580c.htm. Vede também a própria
predição de Justino acerca de sua traição na Segunda Apologia, em Writings
of Saint Justin Martyr, trans. Thomas B. Falls, The Fathers of the Church (New
York: Christian Heritage, Inc.: 1948), 122-23.
14. The New Encyclopedia Britannica, 15th ed.,
Macropaedia, s.v. "Platonism and Neoplatonism," by A. Hilary
Armstrong. Vede também Justino, Primeira Apologia, 81.
16. Robert Grant acredita que foi o martírio de
Policarpo [creio que o autor se refere a Inácio – nota do tradutor] em Roma que
impeliu Justino a escrever ao imperador. Grant, Greek Apologists of the
Second Century, 53.
20. O
leitor pode desejar ver meu artigo Not a Threat: The Contributions of
Christianity to Western Society.*
25. Este tipo de discussão em geral pode ser
difícil devido ao relativismo moral de nosso tempo. Um bom livro para ler que
mostra que os americanos não são tão relativistas quanto parecem pensar é William
D. Watkins, The New Absolutes (Minneapolis: Bethany House, 1996).
Para uma apresentação resumida das idéias de Watkins' ideas, vede o meu artigo The
New Absolutes.*
27.
Reinhold Seeberg, citado em J.L. Neve, A History of Christian Thought,
vol. 1 (Philadelphia: The Muhlenberg Press, 1946), 46.
34. Pelikan, 143.
© 2000, Probe Ministries.
Fonte: Probe Ministries (http://www.probe.org)
Tradução: Rodrigo Reis de Faria